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Publicada em 07/08/2023 - 10h24
Por Da Redação

Franquia de sorvetes abre loja sem atendentes no Paraná e vende R$ 3 mil por dia

Todo o sistema e a inteligência artificial utilizados no ponto foram desenvolvidos em parceria com a startup Automizei, sócia da Gela Boca.


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Foto: Divulgação Franquia de sorvetes abre loja sem atendentes no Paraná e vende R$ 3 mil por dia Loja autônoma da Gela Boca em Maringá

No mesmo final de semana em que o filme “Barbie” estreava nos cinemas, dia 21 de julho, outra máquina rosa de fazer dinheiro era inaugurada em Maringá (PR): a loja de autoatendimento da franquia de sorveterias Gela Boca. A escolha da data foi proposital, segundo o CEO da marca, Thiago Ramalho, de 34 anos. “Fizemos um buzz na internet com a nossa cor, que é o rosa, gerando uma expectativa. As pessoas só souberam do que se tratava na véspera da inauguração”, diz.

O audacioso projeto do empreendedor é uma máquina autônoma de venda de sorvetes, que funciona 24 horas por dia, sem funcionários, e está instalada em uma via pública da cidade. Todo o sistema e a inteligência artificial utilizados no ponto foram desenvolvidos em parceria com a startup Automizei, sócia da Gela Boca nesse projeto, batizado de Gela Boca Autô. De acordo com Ramalho, a loja ainda não enfrentou nenhum furto e vende cerca de R$ 3 mil por dia.

A Gela Boca Autô tem cerca de 30 metros quadrados e é monitorada por oito câmeras 24 horas por dia. Para comprar, o cliente acessa a loja por meio de um aplicativo e escolhe os produtos “take home”, feitos para consumir em casa, como potes de sorvetes, de açaís e picolés. São cerca de 350 opções.

Os sabores estão separados em freezers por linhas de produtos, com o respectivo QR Code para ser lido pelo aplicativo. Após a escolha, o cliente paga as compras com cartão de crédito ou PIX. Depois, basta acionar o sistema pelo celular para sair da loja.

Para estimular o uso da novidade, a Gela Boca tem distribuído vouchers de R$ 10 para instigar o cliente a baixar o aplicativo, fazer o cadastro e diminuir o atrito dessa fase inicial. Ramalho afirma que o comportamento tem sido parecido com o das lojas tradicionais, com um tíquete médio de R$ 19 (que cresce entre 21h30 e meia-noite), e já há a pedidos de clientes para que a loja autônoma disponibilize um buffet de sorvetes. “Queremos colocar no início do próximo verão”, afirma.

De acordo com Ramalho, o investimento total no projeto foi de R$ 1 milhão. A ideia é abrir uma segunda unidade na cidade de Porto Rico (PR), validar o modelo pelos próximos seis meses e depois passar a crescer com franquias. O empreendedor estima que o investimento necessário será a partir de R$ 250 mil, similar ao exigido para abrir uma loja convencional da Gela Boca.

A Gela Boca Autô levou cerca de cinco meses para sair do papel, e Ramalho disse que precisou mudar alguns paradigmas antes de topar. Afinal, além de ser um produto frágil às variações de temperatura, o ponto também estaria exposto à possibilidade de roubos e furtos. Entretanto, ele conta que tem se surpreendido com os resultados.

“Até agora tivemos vinte minutos de problema, que foi quando uma sujeira entrou no sensor e a porta ficou aberta. Os clientes viram e ficaram ‘cuidando’ da loja até que alguém chegasse para arrumar. Na sexta-feira passada acabou um dos sorvetes. A cliente pegou a caixa correspondente e fez ela própria a reposição.”

A Gela Boca é uma empresa familiar, fundada em 2000, e Ramalho faz parte da segunda geração que assume o negócio. Maringá, inclusive, foi escolhida para a experiência por ser a cidade-natal da empresa (e do próprio empreendedor).

A marca começou a expansão com franquias em 2010, e passou a se diferenciar no mercado com opções que vão de taças elaboradas e instagramáveis a buffets e potes de sorvete a preço de atacado. A rede tem lojas em cidades do interior e em centros de entretenimento, como balneários e no Hopi Hari, em São Paulo.

Hoje são mais de 100 unidades em funcionamento, que são abastecidas por três plantas fabris, localizadas em Maringá, Campo Grande (MS) e no Paraguai. A rede atingiu um faturamento de R$ 120 milhões no ano passado. Para 2023, a projeção é alcançar R$ 180 milhões.

Thiago Ramalho, CEO da Gela Boca: rede recebeu cotação cinco estrelas no Guia de Franquias 2023/2024 — Foto: Divulgação


Fonte: Com informações da revistapegn.globo


Tópicos: Franquia sorvetes loja atendentes

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