Publicada em 28/02/2018 - 21h38
Por Francisco Alves
Defesa recorre da condenação dada ao mentor do estupro coletivo
Adão José de Sousa foi condenado a 100 anos e 8 meses de prisão. Defensoria Pública afirma que provas apontam para inocência do réu.
A defesa de Adão José de Sousa, 43 anos, condenado a 100 anos e 8 meses em regime fechado por ser mentor do estupro coletivo de quatro adolescentes em maio de 2015, em Castelo do Piauí, recorreu da decisão do Tribunal do Júri nesta quarta-feira (28). De acordo com o defensor público Darcio Rufino, as provas documentais do processo apontam para a não participação do réu no crime.
A condenação de Adão de Sousa foi proferida por volta das 4h desta quarta-feira (28) após cerca de 14 horas de julgamento. Logo em seguida, a defesa entrou com recurso afirmando que a perícia técnico-cientifica; o exame de DNA, com base no material biológico encontrado; as oitivas das vítimas e das testemunhas ilustram a ausência do réu no crime e mostram que sequer estava na cidade no dia do estupro coletivo.
A decisão de considerar Adão de Sousa culpado partiu de um júri formado por cinco mulheres e dois homens depois de aproximadamente duas horas de deliberação. O conselho de sentença entendeu que o réu participou do estupro e comandou os quatro adolescentes que o acompanharam no crime e já cumprem medida socioeducativa.
Defensor público Darcio Rufino entrou com recurso contra sentença (Foto: Reprodução / TV Clube)
Crime
Em 27 de maio de 2015 quatro adolescentes foram agredidas, estupradas e arremessadas do alto de um penhasco de cerca de 10 metros de altura, na cidade de Castelo do Piauí. Uma das jovens morreu 10 dias após o ocorrido.
Quatro adolescentes foram condenados a cumprir medida socioeducativa por envolvimento nos crimes. Um deles foi assassinado pelos comparsas dentro de um alojamento no Centro Educacional Masculino (CEM), em Teresina.
No início das investigações, dois deles chegaram a confessar o crime, mas disseram posteriormente que a confissão teria ocorrido por conta de agressões que teriam sofrido de policiais. A Justiça afirmou que não existiam sinais de violência na época do fato denunciado.
Fonte: Com informações do G1/Piauí
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